A cada ano, o NRF Retail’s Big Show reúne os maiores nomes do varejo global para discutir tendências, inovações e os desafios do setor. Em 2025, as previsões para o varejo destacam um cenário dinâmico e em constante evolução, onde a tecnologia e o comportamento do consumidor desempenham papéis cruciais. Com foco em inteligência artificial, personalização, live shopping e o crescimento dos marketplaces, a indústria do varejo está pronta para enfrentar um ano repleto de transformações.

Essas tendências, apresentadas pela National Retail Federation (NRF), sinalizam mudanças profundas na forma como os consumidores se conectam com marcas e produtos. O uso de IA para oferecer experiências mais personalizadas, a ascensão de plataformas digitais e a revitalização das lojas físicas são apenas algumas das direções que prometem moldar o futuro do setor. Vamos explorar as primeiras cinco previsões para 2025, destacando os impactos esperados e as oportunidades que surgirão.

1. O Ano da Revolução com Agentes de IA

Os agentes de inteligência artificial (IA) estão prestes a revolucionar o varejo em 2025. Com a previsão de que mais de 60% das vendas serão influenciadas digitalmente, esses assistentes virtuais prometem transformar completamente a experiência de compra. De recomendações personalizadas a decisões de compra mais ágeis, a IA será a chave para reduzir a fricção nas interações dos consumidores com as marcas.

Jason Goldberg, estrategista de comércio da Publicis, observa que os agentes de IA estão se tornando o "coração" da experiência de compra, eliminando comparações cansativas e otimizando o processo de decisão. Porém, desafios como custos elevados e preocupações com privacidade de dados ainda precisam ser superados para garantir uma adoção em larga escala.

Para os varejistas, isso significa investir em soluções que equilibrem eficiência e ética, garantindo que a confiança do consumidor não seja comprometida. Quem liderar essa integração tecnológica terá uma vantagem significativa em um mercado cada vez mais competitivo.

2. IA Generativa: Personalização e Eficiência

A inteligência artificial generativa continuará a redefinir o varejo, permitindo interações hiperpersonalizadas e dinâmicas. Seja por meio de assistentes virtuais ou da criação de conteúdo automatizado, a IA está ajudando os varejistas a compreender melhor o comportamento do consumidor.

Por exemplo, ao analisar compras anteriores e dados sociais, as empresas conseguem antecipar as necessidades dos clientes, proporcionando experiências mais satisfatórias. Além disso, a IA é usada para otimizar operações internas, como gerenciamento de estoques e design de produtos.

Entretanto, a confiança do consumidor depende de práticas transparentes e éticas no uso de dados. Empresas que priorizarem esses valores estarão mais bem posicionadas para colher os benefícios dessa tecnologia sem comprometer suas relações com os clientes.

3. Privacidade e Integração: O Desafio da IA

A integração da IA no varejo não é um processo simples. Enquanto a tecnologia oferece inúmeras possibilidades, ela também exige uma base sólida de dados limpos e centralizados, algo que muitos varejistas ainda lutam para alcançar.

A privacidade também é uma questão sensível. Os consumidores estão mais conscientes sobre o uso de seus dados, e regulamentos mais rígidos obrigam as empresas a repensarem suas estratégias.

Como destacou Sundar Pichai, CEO do Google, as "vitórias fáceis" em IA já ficaram para trás. O futuro exigirá maior sofisticação tecnológica e um compromisso com a transparência. Para os líderes do setor, o sucesso dependerá da capacidade de equilibrar inovação com responsabilidade.

4. Live Shopping: Uma Nova Forma de Conectar Consumidores

O live shopping, que combina entretenimento e compras em tempo real, está ganhando tração como uma das tendências mais empolgantes de 2025. Essa abordagem permite que marcas se conectem diretamente com os consumidores, criando um senso de exclusividade e urgência.

Plataformas como TikTok e Instagram já exploram essa tendência, e varejistas tradicionais estão seguindo o exemplo. Além de impulsionar vendas, o live shopping oferece dados valiosos sobre o comportamento do consumidor, ajudando as empresas a ajustar suas estratégias.

Apesar do grande potencial, o sucesso do live shopping dependerá da capacidade das empresas de superar barreiras logísticas e demonstrar um retorno convincente sobre o investimento. Quem conseguir criar experiências imersivas e autênticas terá vantagem em um mercado competitivo.

5. Marketplaces: O Futuro do Varejo Digital

Plataformas como Amazon, Shein e Temu têm redefinido o varejo digital, e 2025 promete consolidar ainda mais o papel dos marketplaces. A diversidade de produtos, preços competitivos e conveniência são os principais atrativos para os consumidores, enquanto os varejistas veem nesses canais uma oportunidade de ampliar sua presença online sem altos custos.

Empresas como Kroger e Macy’s estão entrando nesse espaço, reconhecendo o poder dos marketplaces como ferramentas para retenção de clientes e expansão de mercado. No entanto, para se destacar, será essencial oferecer algo além da conveniência, como experiências de compra personalizadas e exclusivas.

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6. Tecnologia Just Walk Out e Operações Autônomas

As tecnologias que eliminam o caixa e promovem operações autônomas, como a “Just Walk Out”, estão transformando a experiência de compra. Lojas sem caixas, robôs de inventário e veículos autônomos para entrega são exemplos desse avanço.

A lógica é simples: quanto mais amplamente essas tecnologias são implementadas, mais rápido sua expansão acontece. Em 2025, com a escassez de mão de obra e o aumento de custos operacionais, a adoção de soluções como drones de entrega será acelerada.

7. Foco na Experiência do Colaborador

A experiência do colaborador será central para a inovação no varejo. Empresas estão percebendo que colaboradores engajados e bem treinados são fundamentais para o sucesso. Em 2025, ferramentas de automação e IA permitirão que os funcionários se concentrem em atividades criativas e estratégicas, melhorando o ambiente de trabalho e reduzindo a rotatividade.

Promover a cultura de aprendizado contínuo não apenas aumenta a produtividade, mas também fortalece a marca empregadora.

8. Revitalização das Lojas Físicas

As lojas físicas estão evoluindo de meros pontos de venda para centros de experiência e interação. Em 2025, a experiência imersiva será o diferencial competitivo.

Esses espaços proporcionarão interações autênticas, fortalecendo a confiança e fidelização do cliente. As marcas que conseguirem transformar suas lojas em verdadeiras vitrines da sua identidade serão as mais bem-sucedidas.

9. Valorização da Experiência no Ponto de Venda

Em 2025, espera-se que mais marcas mainstream adotem o modelo de lojas boutique e de luxo, investindo em experiências e serviços dentro das lojas como um diferencial competitivo. Esses serviços não são apenas um atrativo a mais, mas sim um motor de geração de receita, como demonstrado pelo sucesso de marcas como Sephora e Rituals, que integram esse tipo de experiência ao seu modelo de negócios.

Além disso, os serviços no ponto de venda são uma maneira de distinguir a experiência física da digital. Com a digitalização crescente do varejo, as lojas físicas precisam se reinventar para atrair e reter clientes. A experiência no ponto de venda, em 2025, vai muito além de um ambiente bem decorado; trata-se de criar momentos únicos e memoráveis que gerem conexão com o consumidor. Exemplos incluem:

• Serviços personalizados: Consultores especializados, curadoria de looks ou experiências exclusivas, como degustações em lojas de alimentos.

• Tecnologia integrada: Espelhos inteligentes, provadores virtuais e sistemas de checkout mais ágeis, otimizando a experiência de compra.

• Eventos especiais: Palestras, workshops ou lançamentos de produtos que incentivem a presença física e criem uma sensação de comunidade.

Essas iniciativas têm como objetivo fortalecer o vínculo emocional com o consumidor, resultando em uma maior fidelização, e ajudando a diferenciar as lojas físicas das experiências de compra online.

10. Retail Media: Uma Jornada de Maturidade

O conceito de retail media — a prática de usar plataformas de varejo como espaço publicitário — ganhará ainda mais força em 2025. À medida que as marcas reconhecem o potencial de impactar os consumidores diretamente no momento da compra, a mídia no varejo se tornará mais sofisticada. Fatores-chave para a maturidade incluem:

• Integração com dados do consumidor: Uso de insights baseados no comportamento de compra para personalizar anúncios e maximizar conversões.

• Parcerias estratégicas: Colaborações entre marcas e varejistas para criar campanhas mais eficazes e relevantes.

• Desafios na expansão: Empresas que não compreendem profundamente as preferências de seus consumidores podem acabar investindo em formatos de mídia menos impactantes ou invasivos, comprometendo a experiência do cliente.

Essa evolução tornará o retail media uma ferramenta indispensável para marcas que desejam se destacar em um mercado competitivo.

11. Geração Z e Millennials em Evidência

A Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) e os Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) estão moldando o futuro do consumo com seus valores e comportamentos. Eles demandam experiências omnichannel, ou seja, uma integração perfeita entre o online e o offline. Tendências predominantes incluem:

• Sustentabilidade: Produtos eco-friendly, redução de embalagens e práticas empresariais transparentes são altamente valorizados.

• Autenticidade: As marcas que se conectam genuinamente com esses grupos, sem parecerem forçadas ou oportunistas, conquistam maior lealdade.

• Personalização: Ofertas e conteúdos adaptados aos interesses individuais.

• Tecnologia como aliada: Pagamentos digitais, experiências de realidade aumentada e aplicativos que melhoram a jornada de compra são considerados fundamentais.

Investir nesses aspectos será essencial para conquistar e manter a atenção desses consumidores, que já são o principal motor de crescimento de muitas indústrias.

12. Desafios com a Geração Alpha

A Geração Alpha (nascidos a partir de 2010) é composta por crianças que estão crescendo em um mundo onde a tecnologia faz parte de todas as dimensões da vida. Embora sejam nativos digitais, eles também valorizam experiências presenciais, criando um paradoxo interessante para marcas e profissionais de marketing. Principais desafios incluem:

• Fidelidade incerta: A Geração Alpha tende a ser altamente influenciada por tendências e influenciadores digitais, o que dificulta a construção de fidelidade duradoura.

• Abordagem ética: Com pais (geralmente Millennials ou Gen Z) que priorizam práticas sustentáveis e proteção infantil, as marcas precisam ter cuidado com a publicidade direcionada.

• Interatividade e ludicidade: O público Alpha responde melhor a experiências interativas e gamificadas, tanto no mundo físico quanto digital.

O caminho para engajar esse grupo está em criar campanhas que combinem inovação tecnológica, responsabilidade social e experiências memoráveis.

13. Estratégias de Marketing Multigeracionais

A diversidade geracional no mercado exige que as marcas adaptem suas estratégias para atender às expectativas únicas de cada grupo. Em 2025, o marketing bem-sucedido dependerá da capacidade de entender e explorar essas diferenças. Detalhes adicionais sobre cada geração:

• Geração Z: É movida pela autenticidade e ética. Valoriza marcas que defendem causas sociais e são transparentes. Investimentos em TikTok, memes e campanhas colaborativas são estratégias eficazes.

• Millennials: Esta geração adora personalização e valoriza experiências em vez de produtos. Eles são receptivos a marketing que utiliza inteligência artificial para criar ofertas customizadas e storytelling emocional.

• Geração X: Frequentemente negligenciada, mas economicamente poderosa, esta geração busca conveniência e soluções práticas. Estratégias baseadas em e-mails claros, anúncios explicativos e produtos que simplificam a vida são ideais.

• Baby Boomers: Valorizam marcas confiáveis e mensagens claras. Abordagens mais tradicionais, como anúncios detalhados e serviços de qualidade, funcionam bem.

O marketing multigeracional requer uma segmentação avançada, uso eficiente de dados e uma comunicação cuidadosa que ressoe com cada grupo.

14. O Fim do Marketing Linear

O marketing linear — que segue o modelo tradicional de awareness, consideração e compra — está perdendo espaço em um mundo onde os consumidores têm acesso instantâneo a informações e múltiplas opções. Em 2025, estratégias dinâmicas e personalizadas serão fundamentais. Mudanças principais incluem:

• Caminhos não lineares: Os consumidores podem iniciar a jornada em qualquer ponto, desde a compra impulsiva até a consideração pós-compra, graças a plataformas como redes sociais e avaliações online.

• Pontos de contato integrados: Combinar múltiplos canais, como e-commerce, redes sociais, lojas físicas e aplicativos, permite criar experiências coesas.

• Marketing preditivo: Com base em big data e inteligência artificial, as marcas podem antecipar as necessidades dos consumidores, oferecendo soluções antes mesmo que eles as procurem.

• Construção de confiança: Em um ambiente onde a desconfiança em relação às empresas é alta, transparência, autenticidade e propósito são indispensáveis.

O marketing do futuro será uma dança complexa, mas eficaz, entre dados, criatividade e relevância, com o foco sempre no cliente.

15. Interações Fluidas e Personalizadas: A Chave para o Comércio de 2025

Em 2025, o comércio contínuo será caracterizado por uma experiência de compra sem interrupções, onde todos os canais estão perfeitamente integrados. Os consumidores exigirão interações consistentes e adaptadas às suas necessidades, com processos de compra rápidos e simples, visibilidade de estoque em tempo real e opções de entrega flexíveis.

As marcas que se destacarem usarão dados de forma estratégica, antecipando as necessidades dos consumidores e oferecendo experiências personalizadas que aumentam a conveniência e a satisfação. À medida que as barreiras entre os mundos digital e físico desaparecem, a lealdade do cliente será moldada pela capacidade das marcas de oferecer interações fluidas, coesas e inesquecíveis.

16. Social Commerce: A Evolução das Compras nas Redes Sociais

Em 2025, o social commerce atingirá seu auge, com plataformas se tornando espaços cada vez mais integrados às experiências de compra, onde a descoberta, o engajamento e a realização de compras acontecerão de maneira fluida.

Parcerias com influenciadores e o marketing de influências seguirão como elementos essenciais para o sucesso das marcas, enquanto a inteligência artificial desempenhará um papel crucial na personalização das recomendações, acompanhando a crescente tendência de personalização nas interações com os consumidores.

Essas dinâmicas são especialmente relevantes para a Geração Z e os Millennials. Uma pesquisa realizada pela Forbes Advisor e Talker Research apontou que 46% da Geração Z e 35% dos Millennials preferem utilizar redes sociais em vez de motores de busca tradicionais. Além disso, 44% da Geração Z afirma descobrir novas marcas todos os dias nas redes sociais, com o TikTok se destacando como a plataforma favorita para buscar dicas de produtos como cabelo, maquiagem e ideias de presentes.

17. Pagamentos Sem Contato: O Futuro da Experiência de Compra

Em 2025, os pagamentos sem contato alcançarão um marco importante, com o uso de pagamentos móveis e por aproximação projetado para crescer a uma taxa anual de 12,4% entre 2025 e 2034, conforme dados da IntelliPay.

Impulsionados pela busca dos consumidores por uma experiência de compra digital fluida e sem interrupções, as opções de checkout rápido, como pagamentos com um clique, continuarão a se expandir. No entanto, será crucial abordar questões relacionadas à privacidade dos dados e utilizar tecnologias para proteger as transações contra ameaças cibernéticas cada vez mais avançadas. Apesar do avanço dessas opções inovadoras, uma parcela significativa de consumidores, especialmente aqueles sem acesso a serviços bancários, ainda depende do uso de dinheiro.

18. A Evolução da Avaliação Financeira no Varejo: Da Tradição à "Quinta Parede"

Todos os sinais indicam que está ocorrendo uma transformação na maneira de avaliar o desempenho financeiro dos varejistas. Especialistas apontam que a indústria começará a se distanciar das abordagens tradicionais, como as demonstrações de lucros e perdas, adotando uma perspectiva mais ampla, representada pela “quinta parede” e além.

Esse conceito da quinta parede propõe a inclusão de novos fatores na avaliação, como a experiência do cliente, a fidelidade à marca, o engajamento nas redes sociais, as práticas sustentáveis e outros aspectos qualitativos que não são capturados pelas métricas financeiras tradicionais. Para os varejistas, encontrar esse equilíbrio pode ser desafiador, mas o movimento em direção a uma visão mais integrada e holística dos negócios já está em andamento.

19. Segurança: Enfrentando o Desafio do Crime no Varejo

Em 2025, os varejistas continuarão a enfrentar desafios relacionados a furtos, violência e crimes organizados. Para combater esses problemas, fortalecer parcerias com as forças de segurança e líderes comunitários será essencial para identificar e interromper atividades criminosas no setor.

Além disso, a experiência do cliente exigirá uma abordagem de proteção de ativos sem fricções, utilizando tecnologias avançadas como RFID para otimizar a gestão de inventário e implementar medidas de segurança que, ao mesmo tempo, previnam furtos e possibilitem o autoatendimento pelos consumidores.

20. Política Alimentar: Debates Cruciais sobre Dieta e Saúde em 2025

Em 2025, espera-se que o cenário da política alimentar seja dominado por intensos debates sobre alimentos ultraprocessados, corantes alimentares, aditivos e a saúde das dietas da população americana.

Essas discussões serão impulsionadas pela administração do presidente eleito Donald Trump, apoiado por influenciadores do movimento "Make America Healthy Again", que tem enfatizado o impacto da alimentação e dieta nas doenças crônicas.

Além disso, a possível nomeação de Robert F. Kennedy Jr. para Secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, juntamente com outros indicados para agências e departamentos, pode sinalizar mudanças nas políticas alimentares e agrícolas estabelecidas ao longo dos anos.

21. Crescimento do Mercado de Bem-Estar

Em 2025, saúde e bem-estar continuam a ser prioridades para os consumidores dos Estados Unidos. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, o mercado de bem-estar no país está crescendo a uma taxa anual de 10%, atualmente alcançando a marca de 480 bilhões de dólares.

A forma como os consumidores estão alocando seus recursos financeiros também está mudando, com maior ênfase em produtos e serviços baseados em ciência. Produtos como testes diagnósticos domésticos, dispositivos biométricos, como anéis e outros gadgets conectados a aplicativos móveis, como monitores contínuos de glicose, estão se tornando cada vez mais populares.

Além disso, espera-se que o debate sobre produtos voltados para a menopausa, medicina preventiva focada na longevidade saudável e medicamentos GLP-1 para controle de peso ganhe mais força.

22. Expansão do Mercado de Supermercados Online

As vendas de alimentos online nos Estados Unidos registraram um crescimento significativo de 1,5 bilhão de dólares de novembro de 2023 a novembro de 2024, conforme dados da pesquisa Brick Meets Click/Mercatus Grocery Shopping Survey. Esse aumento reflete uma tendência crescente, com potencial para continuar se expandindo.

É esperado que grandes varejistas como Walmart, Target e Kroger invistam em tecnologias inovadoras e aproveitem modelos de atendimento logístico (fulfillment) para atender à demanda crescente. Embora os consumidores ainda não possam tocar ou verificar fisicamente produtos como melões ao fazer compras online, a conveniência de adquirir itens populares, como produtos de hidratação, lanches ricos em proteínas e alimentos funcionais, provavelmente diminuirá a importância dessa limitação.

23. Robótica e Automação em Armazéns

Em 2025, as cadeias de suprimento serão caracterizadas por três palavras-chave: adaptabilidade, eficiência e resiliência. Embora os riscos ainda permaneçam, como potenciais greves nos portos da Costa Leste e incertezas quanto às tarifas com a China e o México, as empresas estarão mais preparadas para enfrentar desafios. Elas adotaram tecnologias como inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina, não apenas para monitorar o inventário, mas também para antecipar e se adaptar a eventuais interrupções antes que se tornem crises.

A utilização de robótica e automação em armazéns e centros de distribuição será uma tendência crucial, juntamente com o aprimoramento das tecnologias de rastreamento, como o blockchain, para garantir a eficiência e a integridade das operações.

24. A Ascensão das Estratégias Circulares

Em 2025, o conceito de circularidade será um dos principais motores de transformação no setor varejista. Impulsionadas pela crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis e pela implementação de novos regulamentos tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, as estratégias circulares oferecem oportunidades significativas para aumentar as margens de lucro, fortalecer a lealdade à marca e gerar benefícios ambientais e sociais.

Essa tendência está crescendo, especialmente entre as gerações mais jovens, que priorizam o consumo responsável e marcas com compromisso ecológico. Contudo, a dúvida permanece sobre a capacidade dos varejistas de escalarem modelos circulares de forma eficiente, sem comprometer sua rentabilidade.

25. O Futuro da Cibersegurança no Varejo

A cibersegurança no varejo deverá passar por grandes transformações em 2025, à medida que avanços tecnológicos e mudanças regulatórias ganham relevância. Especialistas apontam que a segurança das aplicações de inteligência artificial (IA) será um foco crescente, especialmente com a integração dessas tecnologias nas operações diárias dos varejistas.

Além disso, espera-se que haja uma intensificação das regulamentações sobre privacidade, com mais controle por parte dos consumidores sobre seus dados e um foco no uso ético e seguro das informações. Os varejistas terão o desafio de equilibrar a necessidade de dados para personalização com a responsabilidade de proteger a privacidade de seus clientes. Estratégias centradas na transparência, segurança e privacidade serão essenciais para manter a confiança do consumidor no cenário em constante mudança do varejo.

Conclusão

As previsões para 2025 indicam um varejo em plena transformação, impulsionado por inovações tecnológicas e mudanças no comportamento do consumidor. Ao abraçar essas tendências, as empresas poderão não apenas sobreviver, mas prosperar neste cenário competitivo.

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